quinta-feira, 18 de abril de 2013

Emissões Atmosféricas.


Emissões Atmosféricas

Formação de material particulado.
A formação e emissão de material particulado em processos de combustão só é relevante na queima de combustíveis líquidos e sólidos.

Na queima de combustíveis líquidos o material sólido "arrastado" pelos gases de combustão para fora do sistema provêm de três possíveis fontes: 

• material orgânico resultante da coqueificação das gotas ("coque" ou "cenosfera");

• material orgânico formado a partir de frações evaporadas das gotas ("fuligem") e

• material inorgânico presente no combustível ("cinzas"). 

A combustão de líquidos em caldeiras convencionais é precedida pela sua nebulização imediatamente a jusante do bocal do queimador (gotas de 10 a 100 µm). Cada gota, desprezando-se o efeito das demais, à medida que se desloca no interior da câmara de combustão e atravessa regiões de temperaturas crescentes, vai se aquecendo e se evaporando, de tal forma que vai se formando à sua volta uma camada de mistura ar primário/gases de combustão/vapor do líquido.

Num dado ponto, de temperatura e concentração da mistura adequadas, se dá a ignição da mistura gasosa. A partir daí se estabelece uma chama em torno da partícula, a qual passará a fornecer calor para que a gota continue evaporando.

Após a ignição, na medida em que a gota se evapora, entre a zona de reação (interface O2/combustível de alta temperatura, que se estabelece ao redor da gota) e a própria gota, parte das moléculas do combustível no estado vapor, encontrando condições propícias (alta temperatura; deficiência de O2) sofrem craqueamento e polimerização simultânea, dando origem às partículas de fuligem.

Tais partículas, de diâmetro inferior a 20 Å, tendem a acompanhar as linhas de corrente no interior da câmara de combustão, sofrendo, simultaneamente, processos de oxidação, coagulação e crescimento superficial até serem emitidas, via gases de combustão, individualmente (esferóides de diâmetro inferior a 1µm), ou agregadas a inorgânicos ou a partículas de coque.

Filtro de partículas.
As gotas, em seu deslocamento pela câmara de combustão, vão tomando forma de cenosferas, com composição se aproximando à do coque (elevada relação C/H) e mantendo ainda relativamente altos teores de enxofre e metais.

Ao final da câmara de combustão, gotas não totalmente oxidadas, serão emitidos nas formas de partículas esféricas ocas, geralmente denominadas "coque" ou "cenosfera", de diâmetro na faixa de 1 a 100 µm e em cujas cavidades poderão estar alojados fuligem e inorgânicos.

 Quanto aos inorgânicos do combustível, são em sua maioria oxidados na chama, formando muitas vezes compostos complexos resultantes da interação de óxidos e sulfatos. Este material, na fase vapor, líquido ou sólido, é "arrastado" pelos gases de combustão indo se depositar nos feixes de tubos e nas paredes da caldeira por efeito de impacto ou de difusão, ou é emitido, em sua maioria, na forma de partículas sólidas, relativamente pequenas, muitas vezes agregadas ao material orgânico efluente do processo, denominadas genericamente de "cinzas".

Por: Daniel Medeiros de Andrade.






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